Puquelospariu, amanha começo uma verdadeira maratona.
Começo as 8 da manha na loja,paro as 17 e emendo ate as zero hora naradio. Acabou?
POrra nenhuma, as seis da matina de domingo estarei trancado no estudio da radia ate as 17 horas.
Recebi eu primeiro pagamento referente aos primeiros 15 dias de trablho na loja, uma merreca. Mas o que mais me deixou irado foi a forma com que o pagamento foi efetuado, em cheque. Isso mesmo em cheque,nominal,cruzado e o pior de um agencia da caixa economica de ... BELO HORIZONTE!!
Putaqueospariu, alem de não conseguir trocar, se conseguir depositar uma conta, o que não tenho, vai demorar somente 6 dias úteis pra ver dinheiro vivo nas mãos. E pra foder mais ainda, meu gerente não pôde trocar a merreca no caixa da loja por questões administrativas, traduzindo: se vira o feladaputa!!!
Mas com a semana começou ruim, acreditei que nada poderia piora-la. Estava enganado. Na segunda fiquei gripado, na terça a garganta foi pro espaço, dormi mal pra burro, tive febre, ronquei feito um porco por causa da obstruçao das vias aéreas e como conseqûencia ninguem mais dormiu no quarto, fui abandonado pela mulher e pelo Alex, hehehehee.
Acordei totalmente afônico, na terça, mas mesmo assim fui trabalhar. E por incrivel que pareça consegui me comunicar com os clientes e fechei vendas equivalentes a dois dias de trabalho sem fazer muito esforço. Com certeza as pessoas ficaram com pena do meu estado e resolveram contribuir comprando comigo tudo o que oferecia e as vezes sem desconto nenhum.
Sei lá, essa cambada é meio louca mesmo! Outro dia entrou uma velhinha, fui atendê-la e criatura me roubou quase uma hora de explicações sobre geladeiras, fogões e o caralhoaquatro pra no final dizer que só estava fazendo um pesquisa de preços ,que só iria efetuar a compra no mês de abril de 2005!!!!!!
MORTE as velhinhas !!!
Esse é o cara!
A minha maior influencia literaria e ponto final. Minnha forma de escrever contos vem do estilo do mestre Dalto Trevisan. E cru,seco,direto e incisivo.
Abaixo um biografia e um dos melhores textos do "Vampiro de Curitiba"!
Dedicando-se exclusivamente ao conto (só teve um romance publicado: A Polaquinha), Dalton Trevisan acabou se tornando o maior mestre brasileiro no gênero. Em 1996, recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra. Mas Trevisan continua recusando a fama. Cria uma atmosfera de suspense em torno de seu nome que o transforma num enigmático personagem. Não cede o número do telefone, assina apenas "D. Trevis" e não recebe visitas - nem mesmo de artistas consagrados. Enclausura-se em casa de tal forma que mereceu o apelido de O Vampiro de Curitiba, título de um de seus livros.
Mestre na arte do conto curto e cruel, é criador de uma espécie de mitologia de sua cidade natal, Curitiba. O vampiro de Curitiba teve seus contos lidos na Rádio Educativa, nas leituras dramáticas e em oficinas. São pequeníssimos textos: leves, românticos, eróticos, existenciais...Mas tudo sempre inteligente e recheado de humor - às vezes negro.
O vampiro de Curitiba, Dalton Trevisan. Escrito assim, pode ser tanto o nome de um livro, seguido de seu autor, quanto uma explicação. O autor guarda informalmente o codinome de vampiro desde 1965, quando publicou o metafórico O vampiro de Curitiba. Desde então, o escritor paranaense alimenta a lenda em torno da própria figura envolta pelo mistério da reclusão. No conto que batiza essa coletânea, ele auto-ironiza sua estranha maneira de "promoção delirante", mas não é pela mania de viver escondido que o leitor se sente sugado pelas mini-histórias.
Não deixa de ser um de seus principais personagens; recluso em sua vida pessoal a ponto de ser conhecido pela alcunha de um de seus livros - o Vampiro de Curitiba. Seus contos, quase todos ambientados em sua cidade natal - Curitiba - são impregnados de suspenses e enigmas. Em relatos breves, o autor revela o cotidiano da degradação humana em uma linguagem direta. O Vampiro de Curitiba nos leva ao dia-a-dia de Nelsinho, o vampiro literário personagem dos quinze contos do livro. Um curitibano que segue e assedia velhinhas, senhoras respeitáveis, virgens e prostitutas, agoniado e indeciso entre aquela que “molha o lábio com a ponta da língua para ficar mais excitante”, a viúva toda de preto com joelho “redondinho de curva mais doce que o pêssego maduro”, a “casadinha” que vai às compras e a normalista.
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado á parede - não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delicias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade.
Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo - só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão.
A última boca repetiu — Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas um homem morto e a multidão se espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.
Texto extraído do livro "Vinte Contos Menores", Editora Record – Rio de Janeiro, 1979, pág.20.
Este texto faz parte dos 100 melhores contos brasileiros do século, seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva.
Uma das coisas que mais irritam nessa vida são os "evangélicos", assim mesmo entre aspas pra diferenciar uma minoria que professa a religião e a tem como bússula para uma vida inteira. Na minha familia o único evangélico é meu sobrinho Kawilians, filho do meu tio Willians. Alguem deve perguntar como que ele e meu sobrinho e não primo. A reposta e simples: o pai dele dividia o quarto comigo na sua juventude e me tratava como um verdadeiro irmao mais novo e ponto final.
Na familia da minha "muleh" a irmã dela é evangelica daquelas de se recusar a visitar a mãe, minha querida sogra ( gosto muito da coroa) só porque a véia é espirita.Vejam só! Se recusar a dar carinho e atenção a uma senhora de quase setenta anos por que a dita não concorda e acha que o espiritismo e coisa do demo. Na minha opinião coisa do demo é se afastar das pessoas que nos querem bem por causa de diferenças, sejam elas religiosas ou não.
Ma o que gostaria de relatar é o fato de ter dois colegas de trabalho que se intitulam evangélicos. Daqueles que a cada segundo nos fazem lembrar da ira do Senhor Criador e dos seus mandamentos, mas na hora "agá" esquecem que a fé continua no ambiente de trabalho.
E essa semana mesmo tive exemplos de como funciona a mecânica do comportamento desses tipos asquerosos:
1º Ato.
Uma dupla de homossexuais,pederastas e assumidos entram na loja, detalhe : o padrinho do meu filho é gay. O vendedor mais proximo para atende-los era o tal "evangélico". O cara simplesmente ignora a dupla, apesar de estar desocupado no momento, e não os atende. Como estava também sem atender ninguem os atendi e fechei um venda de quase "dois mil conto".
2º Ato.
A evangelica da loja passo dia todo vigiando o quanto cada um vendeu, fica furiosa quando não vende e ainda reclama a cada segundo da empresa: " Ah, isso e ruim, ah isso e errado". E tenta fazer da vida dos novatos um inferno.
Outro dia delicadamente a mandei "tomar na prateira e a introduzir a bibilia em seu orificio enrugado e mal lavado".
3º Ato.
Um cliente entra na loja e faz um compra de aproximadamente 10 mil reais com um colega pra desespero do sujeitinho evangelico. O infeliz, esse é o unico adjetivo que pode definir a criatura, fica reclamando que ja tinha atendido anteriormente o cliente e que ia ligar pro cara pra dar um esporro. Afinal,segundo ele, tinha perdido um tempo enorme mostrando os produtos e na hora de comprar nao foi procurado. E pra fechar com chave de ouro disse que o gerente havia dito que os melhores vendedores tinham de ser como leoes engolindo seus pares, valia chute na cara de quem estava caido e ate dedo no olho.
Juro que tentei me segurar, mas fui obrigado a soltar a seguinte frase:
Isso mesmo irmão, aleluia, vamos massacrar o proximo mesmo. Nada de compaixão, afinal a doutrina de Cristo pregava o odio extremo!
P.S.: Nao odeio evangelicos, mas sim "evangelicos"!