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quinta-feira, setembro 30, 2004

Uaaaaahhh! To morrendo de sono e com um dor de cabeça terrivel. Aps 48 hs sem dormir ninguem me convence que a Terra é azul.
A causa de tudo é um infecçâo nos "zovidos" do pequeno Alex. O guri esta um dengo só. Toda hora quer colo,carinho,afago e mais carinhos. Estamos, eu e mãe dele, nos revezando noite adentro na vigilia. E durante o dia tentamos nos manter acordados.
A gente fica com uma dó danada do guri, se pudéssemos transferíamos a dor dele pra gente.

POMBAS,BEBÊS NÃO DEVERIAM FICAR DODÓI!

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Isadora chegou hoje da creche com um mau humor maior que o habitual. Estava atacada, não queria muito papo e foi logo tomar seu banho vespertino.Terminada a batalha do banho, percebi um pequeno ferimento nos lábios, perguntei o que era.

-Foi a Sara que me Bateu! Mas dei um soco na cara dela, aquela safada!

PUTZGRILA!!!!


PERTO DE APOSENTAR...
...USEM ESSE, PORRA!!!

quinta-feira, setembro 23, 2004

Quinta Feira, 23 de Setembro. 

ANTES...

...DEPOIS

Amigos, essa guria é o cão chupando manga. Com apenas 3 aninhos ja consegue transformar nossa vida ( os felizes pais da criaturinha) em delicioso inferno.
A confusão começa todos dias a partir das 16 hs quando a Isadora chega da creche invarialvelmente emburrada e atacada. È uma luta pra fazé-la trocar de roupa, tomar banho,pentear o cabelo, ufa!!!
Após o primeiro round a coisa já começa a ficar mais casca grossa.È um tal de de "me da biscoito, iogurte, ´fereranti´... " e tudo isso ao mesmo tempo/agora. Satisfeita em seus desejos ela se apossa do bem mais precioso da casa ( o controle remoto) e ninguém mais consegue assitir porra nehuma a não ser desenhos animados no Discovery Kids. O tempo passa, a novela da seis, da sete, jornal local, Nacional vai pro beleléu, e ai do infeliz que ousar tomar o ocntrole dela. A casa vira uma zona com gritos deseperados, a coitada da mãe se irrita, o pequeno Alex resolve contribuir com mais decibeis e dana a chorar e eu ficando cada vez mais puto da vida pego a "criatura mais linda que Deus botou na minha vida" no colo e tento se esquivar da saraivada de chutes,pontapés,beliscões e mordidas e a encaminho para o quarto ( na hora jaula) e ponho de castigo.

Problema resolvido? Ledo engano. A choradeira continua por quase um hora, até que mamãezinha dela resolve usar a terapia infantil mais antiga do planeta. Consiste num objeto feito de borracha, com a empunhadura perfeita,não solta as tiras e nem tem cheiro.Terapia aplicada em doses de acordo com o peso e idade do "paciente" a calma volta a reinar no lar da familia Lips...

... até a próxima tarde as 16 hs.

P.s.: Odeio Sábados, domingos e feriados!!!

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sábado, setembro 18, 2004

Dei uma escapulida da radio ontem por voltas das 10:30 pra comprar cigarros, já no calçadão ouvi gritos histericos de uma mulher pedindo socorro. Ela acabava de ser assaltada por um trio de pivetes de no maximo 15 anos cada. Eu os vi correndo proximo de mim, mas demorei pra reagir e quando tentei correr atras deles ja haviam desaparecido rumo aos morros da cidade. Voltei bufando pela Av Getulio Vargas, abordei uma radio patrulha e dei detalhes e a direção tomada pelos pivetes.

Continuei andando e vi a cena mais desesperadora da minha vida. A vitima do assalto, uma senhora bem vestida, com cerca de 50 anos, estava sanzando pela rua em estado de choque correndo o risco de ser atropelada a qualquer momento. Fui em sua direção e a abordei com calma. A mulher desabou em prantos, tentava falar mas não conseguia tamanho choque tinha recebido. Procurei leva-la a um local onde pudesse se sentar e tomar um copo de agua e ficasse calma.Ela tomou um gole pequeno e tentou passar um numero de telefone para que eu pudesse localizar algum parente, já que não tinha condições pscológicas e fisicas de andar ate seu apartamento ( estava na portaria do predio quando foi "aliviada" de sua bolsa).

Cerca de 30 minutos depois chega o marido da senhora, explico a situação, ele a leva para casa, mas antes me agradece pela ajuda.

O que mais me revoltou nesse episódio foi a falta de solidariedade das pessoas no momento em que a mulher andava perigosamente no meio de uma rua movimentada como é a Av Getulio Vargas. Os carros diminuiam a velocidade mas ninguem parava, as pessoas olhavam pra cena e se omitiam em prestar auxilio.
Putaquepariu!!!!!
Sei que essa insensibilidade não é exclusividade de Colatina, mas simplesmente fiquei triste em constatar que ,nós Colatinenses, somos tão covardes.

ESTOU ENVERGONHADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!


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QUEM MATOU LAURA PALMER?* Lucio Ribeiro


Você tem um daqueles segredos que ninguém, mas ninguém sabe? Daqueles cabeludos, de espantar, "desacreditar", que nem seu amigo, amiga, parente mais próximo imaginam? Talvez alguém saiba, mas, de tão comprometido com você, não revelará jamais.

Não tem?*
Dia 23, semana que vem, chega às lojas, em DVD e de forma completa, a esquisitíssima "Twin Peaks", uma das principais séries de TV de todos os tempos. Certamente a mais estranha.
O seriado conseguiu mexer com o planeta tipo em 1990 ao contar a historinha de uma linda menina, musa da escola, exemplo de garota, que amanheceu morta em um saco plástico, à beira de um rio, na pacata cidade de Twin Peaks, no belo e gelado noroeste americano, tipo perto do Canadá. Horror, horror, shock, shock!"Twin Peaks" tinha o dedo diretivo de David Lynch, dono já naquela época de uma mente deturpada, doentia e mórbida.

Grosso modo é assim: a amável Laura, orgulho local, aparece assassinada logo no comecinho do primeiro episódio. Um excêntrico agente do FBI, que registra tudo o que faz num gravadorzinho de mão e não perde a chance de comer um donut (Homer Simpson?), chega à cidade para investigar. E diante desses dois acontecimentos e da pergunta "Quem matou Laura Palmer", o pequeno lugar nunca mais seria o mesmo.Imagina o clima de "Arquivo X", um livro de Raymond Chandler, uma música esquisita da Björk e um videoclipe do Aphex Twin? Isso era "Twin Peaks".* Trilha sonora de matar. Ambiente sombrio. Garotas lindas, caras malvados. Tem o bonzinho e a bitch, claro. Montanhas geladas. Semáforos balançando ao vento na estrada vazia. Armazéns esquisitos. Bares soturnos. Desfiladeiros. Mulher com um tampão no olho. O tiozinho pescador. O delegado bacana. O guarda bobão. Pai fofo. Mãe desequilibrada. Isso tudo também era "Twin Peaks".

* Para mim, a coisa mais fascinante da série, que até hoje eu não esqueço e uso sempre como exemplo para não ficar espantado com as pessoas, era o seguinte: uma vez apresentados todos os personagens do seriado, mostradas as características de cada um, não passava muito tempo e o David Lynch ia mostrar, a sua maneira, que nada, eu disse NADA, ou ninguém (NINGUÉM!), era o que parecia ser.

* Lembro que a série parou os EUA. "Twin Peaks" foi exibido em canal aberto (ABC) e juntou ao redor dos televisores americanos cerca de 35 milhões de interessados no mistério de Laura Palmer. Até o Paulo Francis escrevia, de lá, sobre o seriado. Que a história não o emocionava muito, mas aquilo era muito melhor que o lixo "Dallas", grande sucesso da TV na época, mas que ninguém que ele conhecia sabia o que estava acontecendo na época. Que o David Lynch deveria ficar na TV e nunca mais voltar a dirigir no cinema. Mas o melhor aconteceu quando o seriado chegou ao Brasil. No vapor do megasucesso nos EUA, a Globo comprou "Twin Peaks" para exibi-la aos domingos, depois do "Fantástico". Quando passou a ser exibida aqui, um ano depois da exibição americana, era quase impossível já não saber quem era o assassino da Laura Palmer, porque as revistas importadas, jornais e tal não falavam outra coisa. Então a guerra era para manter o suspense total, tarefa nem tão difícil assim, já que não tinha internet. O negócio era só calar a galera que tinha lido o vasto material gringo sobre o assunto.Aí a Ilustrada, o caderno cultural da Folha, no dia ou na semana de estréia de "Twin Peaks" no Brasil, deu uma capa sobre a badalada série. E decifrou de cara o megassegredo de primeira, sob o singelo título "Saiba quem matou Laura Palmer". Avisava de cara para ler apenas os que estivessem interessados na identidade do assassino, matando toda a expectativa do whodunit, que fez do seriado o primeiro lugar da TV americana. Se não me engano, o texto registrava o fenômeno, apresentava "Twin Peaks", avisava que ia contar o segredo e... contava. A entregada genial da Ilustrada foi polêmica e rendeu um barulho do tamanho da série. Lembro que, muitos anos depois, um ombudsman da própria Folha desencavou o caso como exemplo de atitude lesa-leitor, ato editorial equivocado, uma ousadia absurda e sem graça. O nome que assinava a capa famosa, lá em 1991, era de um velho conhecido seu: Álvaro Pereira Junior.

* Ainda não coloquei minhas mãos na edição nacional do DVD (quatro discos) de "Twin Peaks", mas a caixa americana é assim. É uma caixa de papelão envolta por um plástico duro protetor. O plástico estampa o lindo rosto de Laura Palmer, alegre e dondoca, numa imagem dessas de baile de formatura, parece. Quando você tira o plástico, na caixa em si, a foto é também de Laura Palmer, pálida, machucada, morta.

* "Twin Peaks" em si, sua música e sua direção inevitavelmente têm cheiro de série datada, mas o climão sinistro está todo nela, intacto. Se você é jovem demais para ter vivido a série que é mais velha que a MTV Brasil e o "Nevermind", do Nirvana, vale a pena embarcar nessa.

* A nota triste do DVD é que ele não contém o piloto da série, quando Laura Palmer é encontrada morta à beira do rio. Uma pendenga de direitos autorais e disputa de TVs impediu David Lynch de lançar o pacote completo. O jeito foi lançar um livro explicativo sobre o prólogo da série e depois os sete episódios seguintes. Muitas videolocadoras têm esse piloto. Ele até foi vendido em banca de jornal aqui no Brasil. Um monte de gente que comprava o DVD de "Twin Peaks", nos EUA, saía da loja e procurava na rua um muambeiro vendendo o piloto-pirata, também em DVD.

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quinta-feira, setembro 16, 2004

Puta reportagem!

Atrizes pornô também sonham


Pedro Doria
NO MINIMO.COM


Elas são diferentes uma da outra. Lana é ruiva, tem 29 anos e carrega com ela um pragmatismo quase seco de quem trabalha há muito, já viveu demais e perdeu um bocado no meio do caminho. Juliana é morena, tem 21 anos e um certo fascínio pela vida. É – assim a descreve um de seus chefes – espontânea. São também parecidas, Lana e Juliana, no sentido de que hoje preferem que o ocorrido num dia após o outro defina seus futuros. Trabalham juntas: apresentam nas madrugadas de sexta, pela Rede TV, o programa “Buttman TV”. São contratadas da Buttman. Lana Starck e Juliana Pires são atrizes de filmes pornográficos.

Lana é de Brusque, uma cidadezinha no interior de Santa Catarina colonizada por alemães, poloneses e italianos, não distante de Blumenau e que, quando alguém lembra – e isso é raro –, o faz por conta da indústria têxtil. Interior mesmo, roça. Adolescente, foi babá em Blumenau, aos 18 casou com o rapaz que namorava desde os 16. Casou “praticamente” virgem – a data na igreja já estava marcada quando lhe veio a primeira vez. E engravidou – gravidez que perdeu no terceiro mês. Aí decidiu que um filho só viria muito planejado.

Juliana foi casada também. Um dia, tinha 17 anos, dormiu fora de casa, a mãe se desesperou porque não voltava, foi fuçar-lhe a bolsa para pinçar os documentos e tomar o rumo da delegacia quando encontrou a cartela de anticoncepcionais. Achou que assim o moço tinha de casar – e casaram. Compraram carro, mobiliaram apartamento, durou dois anos e pouquinho. Quando estavam planejando financiar a casa na periferia de São Paulo, onde sempre morou, Juliana virou-se para o marido e disse que achava melhor não. Ele entendeu – são amigos. Ela então perguntou se ele achava que, sozinha, ela conseguiria alguma coisa. Ele respondeu que sim.

Para Lana não foi assim tão fácil. Foi, e diz isso com veemência, uma mulher exemplar, fidelíssima, daquelas certinhas de interior. Mas não é o que o marido ouviu – disseram-lhe que Lana punha sonífero no chá da sogra e tomava o rumo da noitada, que freqüentava festas ousadas. Quando tudo desandou, estavam juntos fazia sete anos. Não se vêem desde que assinaram o divórcio. A última notícia que teve dele é que foi transferido para Manaus – é fiscal da Receita. Já sabe de sua carreira e não achou mau, mas acha que aquela é bem diferente da Adriana que conheceu. Lana chamou-se Adriana quase toda a vida.

Coisa de amigo do amigo



Juliana não revela o nome verdadeiro – ou até revela, num impulso, para logo então deixar para lá e pedir que não se publique. Um pequeno pudor, sua reserva, embora os pais, os amigos, todos saibam o que faz. Só quem não sabe são seus pais biológicos. Ela os conheceu quando tinha 12 anos e decidiu viver com eles. Não gostou e voltou para casa. “Eram meus pais de sangue, mas não parecia família. Minha família era a outra”, explica. Perdeu contato, nem faz muita questão. Mas a mãe adotiva, que é mãe de verdade, sofre com a escolha da filha. Não que desaprove, não é exatamente isso. É que os vizinhos falam, a chamam de puta e isso ela não é. Faz sexo perante as câmeras com gente que também recebe por isso, mas não atende clientes. E até se revolta. Na vizinhança tem menina que engravidou pela primeira vez aos 13 anos e com 18 já era mãe de dois, tem gente que se droga e que vende droga, pai alcoólatra que bate. Tem de tudo, um típico bairro pobre de cidade grande brasileira – só que é dela que falam.

Nenhuma das duas vive na periferia. Dividem, cada qual em seu canto, apartamentos nos bairros da classe média paulistana. Juliana, com um amigo jornalista e uma amiga que está na faculdade. Lana, com outra atriz de filmes eróticos e uma amiga dos tempos de Porto Alegre, cabeleireira. “Tenho minha esteticista particular”, diz, lampeira. Ela entende disso. Foi em Porto Alegre que chegou a cursar o primeiro semestre de Enfermagem, tem o nível Superior incompleto, mas se encontrou mesmo cortando cabelos. Chegou a abrir lá um salão – “uma estética”, diz. Seu português é tocado de leve pelas vogais abertas e arrastadas do sotaque gaúcho que mistura com gírias paulistanas.

O salão não deu certo. “Primeiro negócio, pouca experiência.” Vivia com a mãe e uma meia-irmã – seus pais são divorciados. Acumulou dívidas. Numa festa, então, alguém lhe sugeriu que fizesse filmes, que em São Paulo havia oportunidades. De noite, comentou com a mãe. Como era coisa de amigo do amigo de quem falou, a mãe teve medo – não do filme, mas de que fosse algo traiçoeiro, um rapto, tráfico de mulheres para a Europa. Lana foi, era filme mesmo.

Nem filme, apenas cena, que no Brasil as moças são contratadas por cena. Em média, 1.500 reais a cena que demora de 40 minutos a hora e meia para ser gravada. Fórmula simples: os atores aparecem vestidos; então se despem, ele faz sexo oral nela, ela nele; então ele a toma pela frente, depois por trás. Termina com o orgasmo masculino. Juntem-se umas seis destas, está pronto um filme.

Lana fez as contas e decidiu que umas cenas resolviam-lhe a vida. Quitou as dívidas – começou o tique-taque do relógio. Um filme demora uns meses para ser editado e, durante estes meses, Lana não comentou com ninguém. À noite, caía em angústia. O que diriam seus clientes quando soubessem? Seus conhecidos – tanta gente. Fechou o salão, comprou para a mãe uma casa na terra familiar e segura de Santa Catarina. Tinha 27 anos, sobravam-lhe no bolso 300 reais e uma passagem para São Paulo. Foi.

Lições com o mestre

Juliana trabalhava em shopping de classe média. Numa loja só, ficou cinco anos até virar sub-gerente. Antes, trabalhou em padaria, numas promoções de marketing direto. Da tal loja saiu demitida quando decidiu ir ao cinema na hora do almoço. O dono queria justa causa – e ela adora cinema. Gosta de sonhar embalada pelas histórias da tela. Fez um acordo e conseguiu parte da indenização. Uma cliente, atriz como ela seria, foi quem fez o convite. A princípio, achou melhor não. Quando o dinheiro apertou, ligou de volta. Estava no Brasil um tal de Joey Silveira, ator norte-americano, que procurava moças novas.

Foi tímida. “Sempre fui muito certinha, imagina ter que tirar minha roupa para ver se ele aceitava ou não.” Achou tudo muito complicado, posições que nunca imaginara – gravou das 18h até depois da meia-noite de tanto que tinha que parar porque, se ele gostava da pose, não gostava da expressão facial, tantos os detalhes. Pacientemente, o mestre ensinou e Juliana Pires foi parar no mercado dos Estados Unidos. Isso foi ano passado. No finalzinho de 2003.

A mesmo época de Lana Starck. Quando chegou a São Paulo disposta a seguir a carreira que tinha começado, em outubro de 2003, cruzou caminhos com o ator Alexandre Frota, que seguia o mesmo rumo. A primeira cena de Frota foi com ela – a última cena dela antes de ser contratada pela Buttman. Novamente o relógio começou seu giro. Hora de contar ao pai antes que o filme pornô mais badalado lançado no país chegasse às páginas de todas as revistas. Disse tudo no Natal. Diz que gaguejou – ele perguntou se ela estava feliz.

“Eu gosto muito da coisa forte, muito gemido, muito grito, muitas dessas palavras que a gente usa”, explica Lana. Não está nisso porque gosta de platéia – não gosta, quanto menos gente assistindo às filmagens, melhor. Também não se interessa muito pelo início de cada cena – os beijos e os abraços e carinhos e línguas. Estimula-se antes: aprendeu o que é orgasmo à frente das câmaras e está tudo em sua cabeça. Não importa com quem contracene.

Juliana gosta de sexo oral – o que não gosta é do gosto de esperma e demorou um bocado para descobrir que precisar, não precisa, que pode lhe cair no rosto, nos seios, que é só pedir e o diretor não se incomoda. Às vezes, se apaixona. Melhor: diz que se encantou duas vezes por dois atores e que foi o suficiente para aprender que com companheiros de set o melhor é não ter nada. Tem um namoradinho, amigo de há muito, que é para quem liga quando está triste. Descreve como uma amizade colorida. Família, filhos, quer tudo, mas é plano distante, para um dia, quem sabe.

Direito de sonhar

Lana não fala de amor. Se sente que se apaixona, não atende telefone, não responde recado, corta contato. Caso necessário, é rude. Seus objetivos são claros: fazer dinheiro. A pancada do primeiro casamento ensinou-lhe uma certa frieza. Quer trabalhar enquanto der, acha que, aos 29, não tem muito mais tempo na profissão. Aí talvez volte para a boa Santa Catarina e abra um novo salão – uma estética. Quer coisa grande. É possível que seja então o momento de ter um filho – aquele que decidiu, faz mais de década, que planejaria.

Acontece que o programa de TV que começou a fazer com Juliana pode mudar isso. Nele, faz reportagens, entrevistas – ouve nas ruas e pela Internet muito elogio. É trabalho diferente, sensual, por certo, mas nada explícito. E assim como nunca lhe tinha passado pela cabeça uma carreira como atriz pornô, também jamais cogitou fazer televisão. Por enquanto, vai gostando e até pensa, quem sabe, que uma faculdade de jornalismo possa estar ali nos próximos anos. Por via das dúvidas, já começa a estudar.

Não é que Juliana não goste também do “Buttman TV” – ela gosta. Mas o que a faz sorrir mesmo e sonhar é outra seara: moda. Tem olho afiado, faz graça de suas colegas de estúdio com saltos agulha como se aquilo fosse sensual – talvez tenha sido um dia. Juliana calça All Star, preferencialmente colorido, veste jeans, camiseta. E como sempre se vestiu assim, nos curtos segundos de vestida perante as câmeras, põe o mesmo. Quer ser estilista e, aos 21, tem muito tempo para isso. Se puder escolher, prefere trabalhar em duas grifes paulistas: Colcci e Ópera Rock, ambas dirigidas a um mesmo público, shorts curtos, camisas justas, coisa moderna e arrumadinha, roupa de menina adolescente da classe média.

Juliana e Lana são diferentes, mas parecidas. Criaram-se ambas naquela tênue linha brasileira entre a classe média e a pobreza, casaram-se cedo mais ou menos pelo mesmo motivo, o lamento da virgindade perdida, e separaram-se porque não tinham de ter casado. O mercado da pornografia está em franca expansão, aqui e lá fora, e aqui elas estão entre os expoentes: são, juntas, o rosto oficial de uma das maiores produtoras e as primeiras a aparecerem na TV aberta, ainda que naquele horário entre os programas de leilão de jóias e os discursos dos pastores. Agradecem a quem as convenceu a fazer sexo no vídeo: foi ascensão social. Quer dizer casa para a mãe, sair da periferia, pagar dívidas, ter o direito de sonhar, ainda que caladas, com um futuro melhor.

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quarta-feira, setembro 15, 2004

A semana passada foi tensa, mas tudo se ajeitou bem.
Agora e pau na máquina e muito trabalho pela frente.

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sexta-feira, setembro 10, 2004

O diasinho tenso!!!
Fiquei horas aguardando meu chefe caracamano chegar e nada.
Resolvi ir almoçar com Satch e o Bonatto, na hora de pagar a conta a dona do restaurante se recusou em "pendurar" minha conta alegando que so dava crédito a quem frequentasse o local assiduamente(sempre fui cliente). Acabou sobrando pro Bonatto pagar a conta, que mais tarde reembolsei.
LOgo depois acompanhei o Bonna em sua árdua tarefa de se alimentar, afinal de contas ele gosta mais de beber mesmo. Se esse garoto soubesse o quanto gosto dele, tenho um carinho enorme pelo sujeito, coisa de irmão mesmo.
A tarde consegui encontrar o "carcamano mór", fui ao banco fiz um depósito e perambulei pelas ruas e acabei indo na casa da minha sogra. Caramba, adoro essa mulher!!! Minha sogra é o máximo, uma pessoa amiga,companheira pra todas as horas e grande confidente. Ficamos conversando por horas.
Sai, e caminhei novamente pela cidade me sentindo deprimido, apesar da força dos amigos ( tanxs, Generva) e acabei na sorveteria. Enquanto saboreava um sorvete e pensava na vida, uma babá com um criança, cerca de 1 aninho, entraram. Fiquei observando a alegria da guria em tomar um, dois sorvetes. O sorriso em sua face, a coisa mais angelical do universo. Me lembrei da Isadora, do pequeno Alex. Fiquei feliz ao lembrar o quanto são saudaveis, alegres, chorões, pirracentos e cheios de vida.
Detalhe, a menininha da sorveteria tinha os dois globos oculares, isso mesmo mesmo os dois, de uma cor vermelho escarlate que denunciava um cegueira total e cruel. Mas mesmo assim não a impedia de ser radiante,feliz em sua crianciçe, um pequeno recado de Deus pra quem soubesse enxergar.
Confesso que escrevo, lacrimejando, não com pena da criança, mas de mim. Apesar de não crer,espernear e resmungar. Deus é muito legal comigo!!!


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quinta-feira, setembro 09, 2004

Não sei o que fazer, to precisando urgente de grana, aliás quem não esta?
No meio desse vendaval de confusões que minha vida virou, infelizmente não tenho o devido apoio,solidariedade e principalmente companheirismo de quem deveria ser a primeira pessoa a compreender a situação. Recebi um olhar raivoso e uma saraivada de cobranças que me magoaram profundamente.
Sempre pautei minha no objetivo de ser honesto comigo e com as pessoas que me cercam e de certa forma me amam com menos ou mais intensidade. Nos últimos cinco anos peno pra cumprir compromissos básicos que um lar precisa. Me divido em duplas jornadas de trabalho ( no momento estou a procura de um segunda ocupação), saio de casa as oito da matina e so retorno as cinco da tarde, e isso no domingo,dia de ficar com a familia, almoçar junto, curtir os filhotes, programar um passeio e fazer qualquer coisa que não seja trabalho.
Mas o que estou recebendo em troca esta dificil de aceitar.
Tá dificil, ta foda mesmo!

Mas paciência, amanhã farei fazer oque nunca pensei ter nescessidade, pedir um "bom adiantamento" salarial com prazo de pagamento quase infinito, suportar olhares curiosos de "pseudos colegas de trabalho" e saber que ainda assim não ficarei feliz. A questão financeira é urgente como ja disse, mas preferia meu coração cheio de felicidade do que minha conta corrente posistiva.

P.S.: O sistema de comentários só permite cinco replys por post, então o cretino que vem usando o espaço pra fazer das suas idiotices pode ficar despreocupado, vou trocar o sistema e com certeza vossa carcaça terá a oportunidade e a chance de escrever mais. Aliás estou até curioso pra saber o quanto seu vocábulátio irá leva-lo já que ficou patente a anemica forma com que trata as letras.

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quarta-feira, setembro 01, 2004

Domingão, dia de visitar a sogra, comer macarronada e a maldita maionese caseira. Esse é o programa comum de quase todo brasileiro casado e/ou que tenha namorada ou noiva. Mas consego escapar desse programa infernal por um série de fatores, mas vou resumir a um só: trabalho feito um mouro. Encaro um fim de semana enclausurado no trabalho e fica dificil, impossível ter compromissos "normais". Muitos podem considerar a situação um dádiva e às vezes é.
Imaginem o drama do cidadão que não nutre a minima simpatia pela mãe de sua esposa tendo de aturá-la todo fim de semana com as mesmas cobranças e implicâncias do tempo em que ele era um reles office boy na companhia. Hoje um profissional respeitado,com salário que pode ser tudo menos mínimo e a danada da sogra perguntando o porquê de sua filhinha não ter escolhido o Alcantara. Graças ao céus não passo por isso!
Mas como estava falando, o domingo foi tudo menos tedioso. Resolvi sair do trabalho direto pro "estádio" - leia-se Bar do Mazinho( o melhor boteco colatinense do mundo) - assistir e sofre com meu time no peiperviu. O ambiente é totalmente classe A, pequeno feito poltrona de classe econômica de avião, mas com um serviço de bordo de primeira qualidade: cerveja gelada,cachamel e uma variedade de tira-gostos de fazer infartar qualquer nuticionista. Ao chegar o local estava lotado e dois televisores transmitiam partidas diferentes uma para cada torcida, de um lado Vasco X Fluminense d outro São Caetano X "aquele time de camisa rubro preta". Confusão armada a maior diversão era secar o time rival na Tv oposta, coisa que rendia comentários mordazes e mortais a respeito do time alheio. Uma das melhores tiradas foi quando uma flamenguista apostu na derrota do Vasco dizendo que se perdesse gostaria de ter o "maior castigo do mundo", rapidamente recebeu uma resposta que causou gargalhadas gerais: "Maior castigo do mundo voce já tem, tu é flamenguista!!!!" Resultado final das partidas nem em recordo mais, mas isso é o menos importante. O saudável da estoria é o fato de descarregar um pouco das neuras cotidianas sorvendo cervejas estupidamente geladas, observar o quanto de ridiculos, no sentido cômico, somos sob o efeito do alcool.
E pra finalizar valhe a pena abordar a repercussão do Show do
Los Hermanos na cidade. Honestamente foi a cena mais bizarra que já vi.Um banda com um trabalho de dificil digestão fazendo uma apresentação pra uma maioria que não conhecia o repertório e que encarava cada música como uma aventura rumo ao desconhecido. O resultado até que não foi desigual, o público apesar de estranhar, aplaudiu, reclamou e foi a loucura ao som de "Anna Julia", o hit que colocou o Hermanos em evidência, e foi visivel o desconforto da banda em tocar pela enésima vez a música. Ponto positivo para o público que souber entender a postura do grupo e mais pontos ainda pra os Los Hermanos que não recebem a "reporteres" nos camarins e nem tiram fotos abraçados com parentes do mesmo. E ponto negativo pra nosso valoroso "reporter" que cisma em ser mais do que realmente é.

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