Outro dia estava chegando do trabalho e antes de entrar no prédio onde moro lembrei de um vozinha me dizendo "paizinho, traz bala de chiclete e doce...", lógico que entrei na padaria e cumpri o prometido. Mas algo me chamou a atençao no balcão recheado de doces, pães de formas variadas, biscoitos e outras coisinhas gostosas que fazem a gente enlouquecer. Foi uma simples cocada baiana, daquelas de encher a os olhos que me levaram numa viagem sem limites a infância, onde picolés de areia, sorvete seco, frutines, pirulitos zorro, toblerones, maria-moles,geleias multicolores desfilavam na minha frente feito um sonho digno de Holmer Simpson.
Caramba, a quanto tempo não provava uma deliciosa coca baiana, sei lá dez, quinze anos; não importa. O legal foi soltar o espírito de formiguinha e comprar uma dezena e apresenta-lo a Isadora. De inicio ela ficou meio desconfiada, mas a primeira dentada não teve mais pra ninguem. Ela "usurpou" a sacolinha de cocadas e fez a festa, nem pra mãe ela liberou um pedacinho sequer, a soluçao foi esperar o apetite da guria ceder e confiscar o que sobrasse, mas como criança não tem fundo mesmo tive de adquirir uma nova remessa.
Posso até estar escrevendo um monte de bobagens que pouco podem interessar ao brothers aqui, mas senti essa necessidade de por pra fora esse epsódio que pra mim tem relevância.
Imagine que na maioria de nosso tempo estamos ou trabalhando-estudando-namorando-enchendo a cara de brejas ultramega-geladas e esquecemos de sabores únicos e baratos que nos transportam a bons momentos. Quem não se recorda das balas
Soft e o medo de enguli-las e ficar engasgados? Alguém se esquece do sabor do primeiro Chokito, do quebra-queixo vendido em porta em porta por um senhora com talento de equilibrista pra manejar o tabuleiro na cabeça...
... e joguem a primeira rapadura de mamão na minha cabeça aquele que não entendeu onde estou querendo chegar!!!!!!
