Era em minha casa, mas ainda noa consigo ve-la como se nao fosse minha. O mesmo portao de ferro enferrujado, os mesmo latidos de um viralatas vindo do quintal, a bagunça generalizada no quintal, vasos de plantas decorando o velho pe de manga que tantas vezes seviu de esconderijo-balanço,a velho fogao Dako que tantas mamadeiras produziu para meu sustento, velhos cadernos com minha letra infantil e ate minha antiga cama estava la.
Entrei devagar sem barulho no quarto e tive uma surpresa. La eu estava deitado como fazia aos quinze anos, lendo um livro concentrado na estoria. Nesse momentos nada me trazia ao mundo real. As letras, palavras, paragrafos me conduziam por varios caminhos e alegrias.
Esfreguei os olhos e pra minha surpresa nao era eu quem estava ali e sim meu filho. Fazendo as mesmas coisas sozinho em seu proprio universo particular.
Meu peito doeu de saudades, meus olhos se afogaram e tive sono. Dormi no outro quarto e sonhei que eu estava de volta ao meu velho mundo de felicidades esquecidas.